domingo, 8 de setembro de 2013

Tecnologia Assistiva



“O atendimento educacional especializado (AEE) é um serviço da educação especial que identifica, elabora e organiza recursos pedagógicos e de acessibilidade que eliminem as barreiras para a plena participação dos alunos, considerando suas necessidades específicas" (SEESP/MEC, 2008). Deste modo, “o AEE vem se apoiando nos recursos da tecnologia assistiva que são recursos e serviços que visam facilitar o desenvolvimento de atividades diárias por pessoas com deficiência. Procuram aumentar as capacidades funcionais e assim promover a independência e a autonomia de quem as utiliza”. (MELO, 2007, p. 94). Podemos ainda conceituar a "tecnologia assistiva como uma área do conhecimento, de característica interdisciplinar, que engloba produtos, recursos, metodologias, estratégias, práticas e serviços que objetivam promover a funcionalidade, relacionada à atividade e participação de pessoas com deficiência, incapacidades ou mobilidade reduzida, visando sua autonomia, independência, qualidade de vida e inclusão social" (ATA VII - Comitê de Ajudas Técnicas - CAT).
"Hoje em dia é sabido que as tecnologias da informação e comunicação vêm se tornando de forma crescente, importantes instrumentos de nossas culturas e, sua utilização, meio concreto de inclusão e interação no mundo" (LEVY apud BASTOS, 2007, p.30). Devourny (2007, p. 8) menciona a importância dos profissionais em ajudar os deficientes na superação das barreiras ao acesso a informação e ao conhecimento, para contribuir e reduzir o preconceito social e promover maior integração das pessoas com deficiência.
A Sala de Recursos Multifuncionais é, portanto, um espaço organizado com materiais didáticos, pedagógicos, equipamentos e profissionais com formação para o atendimento às necessidades educacionais especiais. (...) A denominação sala de recursos multifuncionais se refere ao entendimento de que esse espaço pode ser utilizado para o atendimento das diversas necessidades educacionais especiais e para desenvolvimento das diferentes complementações ou suplementações curriculares. (ALVES, 2006, p. 14). Assim, os profissionais da SRM utilizam as altas ou baixas tecnologias na tentativa de solucionar as dificuldades apresentadas pelos alunos.
Segue abaixo algumas Tecnologias Assistivas-TA que podem ser utilizadas para que os alunos possam melhorar a suas necessidades e desenvolverem atividades como recorte, desenho, pintura, leitura, escrita, alimentação, higiene, etc.







Descrição:

“Buscando construir bases e alicerces para o aprendizado, a criança pequena com deficiência também necessita experimentar, movimentar-se e deslocar-se (mesmo do seu jeito diferente); necessita tocar, perceber e comparar; entrar, sair, compor e desfazer; necessita significar o que percebe com os sentidos, como qualquer outra criança de sua idade”. Assim a criança com deficiência através da TA poderá conseguir construir a sua aprendizagem de forma significativa.

Habilidades:

Segundo Rita Bersch, o uso da TA na escola é um meio de buscar, com criatividade, uma alternativa para que o aluno realize o que deseja ou precisa. É encontrar uma estratégia para que ele possa fazer de outro jeito. É valorizar o seu jeito de fazer e aumentar suas capacidades de ação e interação a partir de suas habilidades. Assim a TA busca melhorar a funcionalidade da vida das pessoas com deficiência para auxiliar a desenvolver suas habilidades nas atividades de vida diárias – AVDs, acessibilidade, comunicação, mobiliário e na proposição da educação inclusiva para autonomia do aluno.
[...] é necessário que os professores conheçam a diversidade e a complexidade dos diferentes tipos de deficiência física, para definir estratégias de ensino que desenvolvam o potencial do aluno. De acordo com a limitação física apresentada é necessário utilizar recursos didáticos e equipamentos especiais para a sua educação buscando viabilizar a participação do aluno nas situações prática vivenciadas no cotidiano escolar, para que o mesmo, com autonomia, possa otimizar suas potencialidades e transformar o ambiente em busca de uma melhor qualidade de vida. (BRASIL, 2006, p. 29)